A Dourogás vai investir cerca de seis milhões de euros em três novos postos de abastecimento de GNV (Gás Natural Veicular) e 58 milhões de euros em redes de distribuição, revelou Nuno Afonso Moreira, presidente da Dourogás, em entrevista ao Negócios. Para 2019, a verba de investimento “deve andar na casa dos 25 milhões” de euros.
Nuno Afonso Moreira acredita que o Gás Natural Veicular é um combustível que “está para ficar” e que, simultaneamente, “pode concorrer com eletricidade renovável”. O presidente da Dourogás revela que a ambição da empresa passa por fechar 2019 com dez postos de abastecimento de GNV. “Somos líderes nacionais. Temos sete postos em operação e fornecemos mais de 500 veículos pesados e 300 ligeiros todos os dias”.
Além disso, a empresa pretende investir em mais “quatro ou cinco” projetos relacionados com o biogás. Atualmente, o posto de abastecimento de Mirandela abastece três camiões diariamente, mas o objetivo é aumentar para dez o número de veículos, a curto prazo. Nuno Afonso Moreira considera que “o setor do gás tem um papel muito importante a desempenhar na descarbonização” e que “não há ninguém que possa dizer que para a indústria, nos próximos 20 anos, as redes de gás vão ser descontinuadas”.
No caminho para a descarbonização, Nuno Afonso Moreira refere que “há serviços que são melhores com gás”, mas reforça que “existe lugar para as duas opções tecnológicas” [eletricidade e gás].
Nesta entrevista, o responsável da Dourogás indica ainda que “há muita concorrência no mercado de gás ibérico” e que “no mercado europeu também se vê algum avanço das petrolíferas pelas empresas de gás”, adiantando que é “uma tendência para ficar”.
Fonte: Transportes em revista – Jornal de negócios