Victor Cardial (GASNAM): «Utilização do GNL irá apresentar um acentuado crescimento na próxima década»

Victor Cardial – delegado da associação GASNAM – expôs a sua visão acerca do aumento da produção e exportação de GNL por parte dos EUA e se isto se trata de um sinal de que esta alternativa energética está devotada a ter um uso cada vez mais global.

«O gás natural enquanto combustível na mobilidade automóvel, ferroviária e marítima parece ser a melhor solução para a redução da frota diesel e das elevadas emissões que se verificam, especialmente nos equipamentos mais antigos. As estimativas da NGVA Europe (Natural Gas Vehicle Association) apontam para um crescimento muito acentuado do parque automóvel a Gás Natural, sendo de sublinhar o aumento do número de pesados em 112 vezes.

Por outro lado no setor marítimo as restrições às emissões de sulfuretos têm contribuído para uma reconversão e novas encomendas de navios a Gás Natural.

A disponibilização de GNL a preços mais competitivos e desligados da referência petróleo, como acontece nos EUA, tornará esta solução ainda mais atrativa. A nossa convicção é de que a utilização do GNL, nas mais diversas áreas com necessidades energéticas significativas, irá apresentar um acentuado crescimento na próxima década, como os elementos divulgados pela NGVA Europe antecipam». Sobre o acordo EUA-UE e a correlação deste com diversidade e segurança energética da Europa, o especialista comentou, contextualizando: «O abastecimento de GNL para a Europa tem origem, atualmente, na Noruega, Qatar e Nigéria.

A diversificação para os EUA permite garantir uma maior resiliência em caso de conflitos na África e no Médio Oriente e de capacidade negocial em termos de preços e qualidade.

Com um papel cada vez mais importante do GNL na estrutura do sistema energético europeu, a diversificação de origens, em particular com importações de um aliado natural com quem a Europa mantém um largo excedente comercial, representa uma clara garantia de segurança de abastecimento e de estabilidade de preços no médio prazo deste combustível contribuindo assim para uma maior capacidade de gestão das políticas energéticas da Europa».

Fonte: Revista Cargo

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